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Resumo Prático: ANESTESIAS

Resumo Prático: ANESTESIAS

Como você sabe, existem vários tipos de anestesias, cada uma com suas especificidades e indicações. Contudo, de modo geral, é essencial que o Enfermeiro:
 
Confirme a identificação do paciente, procedimento proposto e questione-o quanto a alergias, adornos, próteses, piercings, etc, efetue a monitorização e auxilie o anestesista durante o ato anestésico, seja ele geral ou bloqueio.
 
Anestesiologia
 
A anestesiologia é a especialidade médica que estuda e proporciona ausência ou alívio da dor e outras sensações ao paciente que necessita realizar procedimentos, como cirurgias ou exames diagnósticos.
 
No Brasil, sua prática, bem como a discriminação das condições mínimas para a a segurança do paciente e a divisão de responsabilidades entre os profissionais que a a exercem, é especificada na Resolução nº 1.802 de 2006, do Conselho Federal de Medicina.
 
 
QUAIS SÃO OS TIPOS DE ANESTESIAS?
 
 
Anestesia geral
 
 
Refere-se a um estado de inconsciência reversível, imobilidade, analgesia e bloqueio dos reflexos autonômicos obtidos pela administração de fármacos específicos (via inalação ou endovenosa). Para realização da anestesia geral são utilizados: hipnóticos, opióides, bloqueadores neuromusculares, bloqueios regionais associados e fármacos adjuvantes, tendo eles as seguintes funções:
 
Hipnóticos: inconsciência e amnésia;
Opióides: analgesia e proteção contra reflexos autonômicos;
Bloqueadores neuromusculares: imobilidade;
Bloqueios regionais associados: analgesia e proteção autonômica;
Fármacos adjuvantes: Controle da PA, FC e tratamento de intercorrências.
 
A anestesia geral é composta por três fases: indução, que começa com a administração de agentes anestésicos e se prolonga até o momento da incisão.  A manutenção, consiste em manter o paciente em plano cirúrgico até o final do procedimento. Por fim, a emersão, que é o estado de superficialização da cirurgia.
 
Bloqueios regionais
 
Perda reversível da sensibilidade regional decorrente da administração de um agente anestésico para bloquear ou anestesiar a condução nervosa a uma extremidade ou região do corpo. As anestesias raquidiana e peridural também são consideradas bloqueios regionais.
 
Anestesia raquidiana, intradural, bloqueio subaracnóideo ou raquianestesia
 
Na raquianestesia, um anestésico local é injetado no espaço subaracóideo e se mistura ao LCR. Ocorre, então, bloqueio nervoso reversível das raízes nervosas anteriores e posteriores, dos gânglios das raízes nervosas posteriores e de parte da medulal, levando o individuo à perda da atividade autonômica, sensitiva e motora.
 
O anestésico local pode ser uma solução hiperbárica, ou seja, mais pesada que o LCR, assim, por ação da gravidade se deposita no líquor após injeção.
 
É possível direcionar o nível do bloqueio para cima, baixo ou para um lado do cordão espinhal ao mudar a posição do paciente.
 
Anestesia epidural, peridural ou extradural.
 
Aplicação de anestésico em um espaço virtual entre o ligamento amarelo e a dura-máter.
 
Suas principais vantagens são: menor incidência de cefaleia, quando comparada a raquianestesia, possibilidade de realização de bloqueios mais restritos às faixas de dermátomos e maior facilidade de realização de técnicas com utilização de cateter (peridural contínua).
 
Bloqueio de nervos periféricos
 
Injeção de um anestésico local nas proximidades de um plexo nervoso, como o braquial, cervival, lombossacral e femoral.
 
O inicio e duração do bloqueio estão relacionados a droga utilizada, sua concentração e volume, sendo quase sempre associada a um vasoconstritor, prevenindo isquemia e necrose da extremidade, exceto em regiões de irrigação terminal.
 
Devem ser utilizado equipamentos de estimulação elétrica ou de ultrassonografia para localizar corretamente o nervo sem provocar lesão mecânica.
 
Anestesia regional intravenosa
 
Frequentemente referida como bloqueio de Bier, é frequentemente utilizada nas cirurgias de extremidades com curta duração. A anestesia é limitada à região e ao tempo de garroteamento, de 60 a 70 minutos para o braço, 70 a 80 minutos para o antebraço e de 75 a 90 minutos para a perna.
 
Anestesia local
 
Bloqueio da condução nervosa ao longo do axônio do Sistema Nervoso Periférico através da infiltração de um anestésico local (geralmente a lidocaína) que impede a despolarização e propagação do impulso nervoso.
 
Importante: Essa técnica nem sempre é realizada pelo anestesista. A infiltração do anestésico local é realizada pelo cirurgião e cabe a enfermagem monitorar o paciente.
 

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