Lidar bem com emoções é fundamental para o sucesso em qualquer esfera da vida.
Mas o que diferencia alguém com alto nível de inteligência emocional de outro conhecido por suas explosões de raiva, ataques de choro e mudanças repentinas de humor?
A inteligência emocional é resultado de treino, assim como qualquer outra competência. Seu desenvolvimento começa já na infância para algumas pessoas, mas também pode acontecer mais tarde, na vida adulta, a qualquer tempo.
Incorporar certos hábitos à sua rotina pode ajudar nesse aprendizado. Exercícios diários de capacidades como observação, empatia, resiliência, tolerância e autocontrole podem gradativamente transformar uma pessoa explosiva em alguém muito mais apropriado de si mesmo.
Vamos aos passos cruciais:
1. Suas frustações não são curadas por queixas
Diante de uma contrariedade, a reação tipicamente humana é reclamar. Quem faz isso está aliviando sua irritação, mas de forma pouco produtiva. Isso porque há grandes chances de o problema continuar presente. Por isso, quem tem inteligência emocional substitui a queixa pela ação.
A cada vez que você sentir raiva ou frustração no cotidiano, interrompa rapidamente o ímpeto de reclamar e tente imaginar uma saída prática para melhorar a situação.
2. Descreva o que está sentindo
Um exercício simples para conhecer melhor as suas emoções é tentar capturá-las pela linguagem. Pergunte-se a cada vez que estiver diante de um sentimento desconhecido: isto é ansiedade, remorso, medo, euforia, raiva, inveja, alívio, decepção, arrependimento? Quanto mais precisa for a palavra, melhor.
Identificada a emoção, o próximo passo é observar qual atitude ela costuma desencadear em você.
3. Observe as emoções alheias
O desenvolvimento da inteligência emocional não se restringe apenas ao seu mundo interior: ele também depende da sua conexão com as outras pessoas. Exercitar a sua sensibilidade às emoções dos outros, mesmo quando eles tentam disfarçar.
É como um quebra-cabeças: quanto mais você observa a pessoa, mais peças aparecem e mais elas se encaixam.
4. Permita-se ajudar
Estar sempre disposto a apoiar colegas, chefes e subordinados é uma forma de fortalecer um dos pilares da inteligência emocional: a empatia.
Se colocar no lugar do outro para saber se ele precisa de ajuda, isto é, preciso me sentir como ele se sente.
5. Não tenha medo de viver o conflito interno
Um dos grandes mitos em torno da inteligência emocional é a ideia de que ela corresponde à serenidade absoluta. Pelo contrário: a competência tem a ver com o bom uso de emoções boas e ruins, fortes ou fracas, de forma que o indivíduo não fique refém delas.
Assim, é importante exercitar a sua autenticidade no cotidiano e não tentar agradar sempre. Se você evita conflitos o tempo todo, nunca vai desenvolver musculatura para superar os problemas.
6. Não se enquadre no papel de juiz
Antes de julgar essa pessoa, procure entender suas motivações e reconhecer que nem todo mundo pensa como você.
Isso também significa cortar radicalmente o hábito da fofoca e da maledicência, que vão na contramão da empatia. No lugar dessas práticas, é mais produtivo observar o outro de forma paciente e buscar aprender algo com ele.
7. Planeje suas falas
Antes de falar com uma pessoa, acostume-se a fazer uma série de perguntas prévias. Este é o melhor momento para abordá-la? Como ela está se sentindo hoje? O assunto pede delicadeza ou firmeza, gravidade ou leveza?
O local é adequado para a conversa?
Esse é um exercício de autorregulação, feito a partir da observação das emoções alheias e do aprendizado sobre os seus próprios padrões de comportamento.
8. Resista a tentações, ou pelo menos tente
Pessoas com baixa inteligência emocional cedem facilmente aos seus próprios impulsos. Ocorre que pequenos prazeres não trazem felicidade.
Controlar os seus próprios impulsos também ajudará o indivíduo a ser mais altruísta — o que também traz mais felicidade. Ao pensar nos outros, você é obrigado a regular as suas próprias emoções e a sacrificar o próprio conforto de vez em quando.