Já imaginou a Saúde sem a atuação de enfermeiros? Impossível, não é? A seguir, vamos destacar importantes procedimentos usados na área, com foco no monitoramento e na avaliação de pacientes. A seguir, saiba mais sobre as escalas de Enfermagem e veja por que elas são tão importantes.
Na Saúde, um detalhe pode fazer toda a diferença. E é esse o objetivo das escalas: cuidar para que pontos essenciais sejam observados e monitorados.
Antes de avançarmos, vale dizer que este conteúdo é um resumo do capítulo Escalas, do livro Sanar Note Enfermagem.
Agora, vamos ao que interessa!
Escalas da Enfermagem
A rotina dos profissionais de Enfermagem é atribulada e cheia de atividades. São muitos pacientes e muitas atribuições, num ambiente que demanda muita disciplina e atenção.
Para auxiliar no dia a dia desses profissionais, contribuindo para a assertividade dos tratamentos em unidades de Saúde, há uma série de protocolos e procedimentos de rotina que precisam ser executados.
A seguir, um resumo de algumas escalas de avaliação de pacientes no contexto da Enfermagem!
E vamos começar com…
Escala de Manchester
Essa escala é uma ferramenta de triagem clínica, para definir a prioridade no atendimento a pacientes. Os que têm quadros mais graves serão atendidos mais rapidamente. Essa triagem é importante para organizar o fluxo nas unidades de saúde.
Ela vai do Não Urgente à Emergência, conforme detalhado a seguir:
Não Urgente: caso de menor complexidade e sem problemas recentes. Acompanhamento ambulatorial. Atendimento até 240 minutos.
Pouco Urgente: não necessita de cuidados imediatos, é o caso menos grave. Atendimento até 120 minutos.
Urgente: precisa de avaliação, mas não é considerado caso emergencial. Deverá possuir condições clínicas para aguardar atendimento. Atendimento até 60 minutos.
Muito Urgente: necessita de atendimento o quanto antes. Atendimento até 10 minutos.
Emergência: necessita de atendimento imediato, não podendo aguardar.
Outra escala utilizada é esta:
Escala de Glasgow-P
Aqui o objetivo é avaliar o nível de consciência do paciente. São levados em conta três parâmetros: abertura ocular, melhor resposta verbal e melhor resposta motora.
Em todos os casos, quanto menor a pontuação, mais grave é o caso.
Funciona assim:
Parâmetro Abertura dos olhos
- espontânea: 4 pontos
- ao comando verbal: 3 pontos
- pressão na altura dos olhos: 2 pontos
- nenhuma: 1 ponto
Parâmetro Resposta Verbal
- orientado e conversando : 5 pontos
- desorientado, confuso: 4 pontos
- palavras: 3 pontos
- incompreensível/sons: 2 pontos
- nenhuma: 1 ponto
Parâmetro Resposta Motora
- obedece comandos: 6 pontos
- localiza dor: 5 pontos
- flexão normal: 4 pontos
- flexão anormal: 3 pontos
- extensão: extensão 2 pontos
- ausente: 1 ponto
Importante: após a aplicação dessa escola, recomenda-se proceder com a avaliação pupilar, subtraindo o resultado das avaliação pupilar na pontuação dos parâmetros anteriores:
- Inexistente – Nenhuma pupila reage ao estímulo de luz (- 2)
- Parcial – Apenas uma pupila reage ao estímulo de luz (- 1)
- Completa – As duas pupilas reagem ao estímulo de luz (0)
Escala de Apgar
Também chamado de escore de Apgar ou índice de Apgar, essa escala é um dos métodos mais utilizados para a avaliação imediata do recém-nascido (RN), principalmente, no primeiro e no quinto minutos de vida.
São verificados cinco pontos fundamentais na escala Apgar. As letras iniciais dão nome à escala, veja:
(A)parência
- 2: Completamente rosado.
- 1: Rosado com extremidades azuis.
- 0: Pálido, azulado.
(P)ulso
- 2: > 100 bpm.
- 1: < 100 bpm.
- 0: Sem pulso.
(G)esticulação/irritabilidade
- 2: Choro, espirro ou tosse.
- 1: Faz caretas.
- 0: Sem resposta.
(A)tividade muscular
- 2: Movimento ativo.
- 1: Poucas flexões nas extremidades.
- 0: Flácido.
(R)espiração
- 2: Boa, com choro.
- 1: Lenta.
- 0: Ausente.
Uma vez feito esse levantamento, é preciso fazer a classificação. Quanto menor a contagem, mais grave é o caso:
- Sem asfixia: Apgar 8 a 10.
- Com asfixia leve: Apgar 5 a 7.
- Com asfixia moderada: Apgar 3 a 4.
- Com asfixia grave: Apgar 0 a 2.
Escala de Rass
O uso dessa escala tem o objetivo de avaliar o nível de sedação e agitação do paciente. O score vai de -5 a +4.
A pontuação zero se refere ao paciente alerta, sem aparente agitação ou sedação.
Abaixo de zero, sugere que o paciente possui algum grau de sedação. Níveis maiores do que zero, por sua vez, indicam que o paciente apresenta algum grau de agitação.
Dá só uma olhada nos níveis:
- Combativo( + 4)
- Muito agitado (+ 3)
- Agitado (+ 2)
- Inquieto (+ 1)
- Alerta e Calmo ( 0 )
- Sonolento ( – 1)
- Sedação leve (- 2)
- Sedação moderada (- 3)
- Sedação intensa (- 4)
- Não desperta (- 5)
Vamos para mais uma escala?
Escala ASA
ASA é a sigla para American Society of Anesthesiology (em português: Sociedade Americana de Anestesiologia). Ela o representa o sistema de pontuação clínica mais utilizado no mundo!
A Escala ASA é fundamental para mensurar o risco círurgico. Ela é assim dividida:
ASA 1: Paciente sadio.
ASA 2: Paciente com doença sistêmica
leve.
ASA 3: Paciente com quadro de doença
sistêmica grave.
ASA 4: Paciente com quadro de doença
sistêmica grave + risco de morte.
ASA 5: Paciente com quadro sem expectativa de vida, moribundo.
ASA 6: Paciente com quadro de morte cerebral.
Escala de Braden
Essa escala é utilizada para avaliação do grau de risco de desenvolvimento de lesão por pressão. Trata-se de um recurso muito utilizado nas UTIs.
São analisados seis fatores no paciente: percepção sensorial, umidade, atividade, mobilidade, nutrição, a fricção e cisalhamento.
Escala Rancho Los Amigos (RLOS)
Essa escola consiste num sistema de avaliação da função cognitiva do paciente. Ela foi desenvolvida para planejar tratamento, monitorar a recuperação e classificar os níveis de resultados de pacientes vítimas de traumatismo crânio-encefálico (TCE).
Ela traz a descrição de padrões cognitivos e comportamentais de pacientes com lesões cerebrais traumáticas à medida que
se recuperam.
O nível cogntivo vai de Sem resposta a Com propósito e apropriado. Entre eles, níveis como Resposta generalizada, Resposta localizada e Confuso e agitado.
Mais sobre essa e outras escalas como Equilíbrio de Berg e Timed up and Go Test (TUG) você encontra no capítulo Escalas, do livro Sanar Note Enfermagem.
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