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Vigilância Sanitária: Residência, áreas de atuação, remuneração e mais!

Vigilância Sanitária: Residência, áreas de atuação, remuneração e mais!

Desde quando saúde passou a ser entendida como qualidade de vida, políticas sociais que garantam moradia, emprego, alimentação, educação, saneamento básico e qualidade do meio ambiente, a Vigilância Sanitária passou a ter importante papel no cotidiano social.

É essa a área responsável por elaborar ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde, bem como intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.

Para atuar numa área importante como essa, o profissional precisa adquirir conhecimentos e noções específicas. É o que é absorvido na Residência Multiprofisssional em Vigilância Sanitária.

O curso tem duração de dois anos e oferta vagas para profissionais de Ciências Biológicas, Enfermagem, Engenharia Química, Farmácia, Medicina Veterinária, Nutrição, Saúde Coletiva e Serviço Social. Todos recebem bolsa-auxílio mensal de R$ 3.330,43.

Navegue pelo índice abaixo para saber mais detalhes da Residência em Vigilância Sanitária.

1. Breve histórico sobre Vigilância Sanitária;
2. Como funciona a Residência em Vigilância Sanitária;
3. Processo seletivo da Residência;
4. Onde fazer Residência em Vigilância Sanitária;
5. O que é esperado do especialista em Vigilância Sanitária?;
6. Como se preparar para a Residência em Vigilância Sanitária.

1. Breve histórico sobre Vigilância Sanitária

A Vigiliância Sanitária surgiu no Brasil nos séculos XVIII e XIX, na medida em que surgiu a noção de “polícia sanitária” para regulamentar o consumo de água, de alimento e da remoção do lixo, itens que podia ser vetores de doenças da época, como a peste, a cólera, a varíola e a febre tifóide.

Desse período até os anos 70 do século XX, a sociedade mudou e exigiu movimentação também do setor sanitário.

Em 1976 a área de Vigilância Sanitária passou por uma grande reorganização institucional e se consolidou numa secretaria específica no Ministério da Saúde. Passou então a valer a concepção de controle sanitário no setor de saúde, com foco no controle de riscos.

O movimento de reforma sanitária nos anos 1980 impulsionou outra mudança no setor, ao reforçar a ideia de saúde como resultado da oferta de múltiplas políticas sociais que garantam moradia, emprego, alimentação, educação, saneamento básico e qualidade do meio ambiente.

Foi a partir daí que a Constituição Federal de 1988 e as leis orgânicas da Saúde (Lei 8.080/90 e Lei 8.142) incorporaram as reivindicações do movimento e a saúde passou a ser um direito universal com noção integral.

A Vigilância Sanitária passou a ser reconhecida como parte da assistência à saúde, responsável por um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde, bem como intervir em problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.

O sistema de Vigilância Sanitária foi reformulado e passou a ser uma autarquia especial como agência regulatória, com a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária via Lei 9.782/99.

A mesma legislação instituiu também o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), do qual fazem parte a Anvisa, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), vinculado administrativamente à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e tecnicamente à Anvisa; os órgãos de vigilância sanitária estaduais e municipais, além dos Laboratórios Centrais (Lacen).

Esse sistema é responsável por controlar os seguintes riscos:

  • Ambientais – água, esgoto, lixo, vetores e transmissores de doenças, poluição do ar, do solo e de recursos hídricos; transporte de produtos perigosos;
  • Ocupacionais – processo de produção, substâncias, intensidades, carga horária, ritmo e ambiente de trabalho;
  • Sociais – transporte, alimentos, substâncias psicoativas, violências, grupos vulneráveis, necessidades básicas insatisfeitas;
  • Iatrogênicos – decorrentes de tratamento médico e uso de serviços de saúde, diz respeito a medicamentos, infecção hospitalar, sangue e hemoderivados, radiações ionizantes, tecnologias médico-sanitárias, procedimentos e serviços de saúde;
  • Institucionais – creches, escolas, clubes, hotéis, motéis, portos, aeroportos, fronteiras, estações ferroviárias e rodoviárias, salão de beleza, saunas, etc.

2. Como funciona a Residência em Vigilância Sanitária

A formação em Vigilância Sanitária ocorre por meio dos programas de Residência Multiprofissional em Vigilância Sanitária. O curso funciona como uma especialização lato sensu, mas tem como diferencial a educação em serviço. Nesse contexto, o residente aprende enquanto trabalha no dia a dia da função.

Devido a essa característica, é exigida dedicação exclusiva do profissional. A carga horária total do curso é 5.760 horas semanais, sendo 60 horas de trabalho por semana, divididas em 80% de conteúdo prático e 20% de conteúdo teórico-prático. Todo o programa tem duração de dois anos.

A Residência em Vigilância Sanitária aceita aplicações de profissionais graduados em Ciências Biológicas, Enfermagem, Engenharia Química, Farmácia, Medicina Veterinária, Nutrição, Saúde Coletiva e Serviço Social. Todos os residentes recebem bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 3.330,43.

3. Processo seletivo da Residência

As vagas para Residência em Vigilância Sanitária são abertas anualmente. Cada instituição é responsável pela elaboração e divulgação dos seus processos seletivos, que podem sofrer variações de acordo com o estabelecido em cada edital.

Mas, de modo geral, o processo de seleção costuma ser composto por pelo menos uma das etapas a seguir:

Prova objetiva

A prova objetiva está presente na grande maioria dos editais de Residência em Atenção Cardiovascular.

Costuma ser a primeira etapa do processo seletivo e possui caráter eliminatório e classificatório. Ou seja, se fizer pontuação menor àquela indicada no edital, o candidato é eliminado; e a pontuação feita na prova indicará a posição diante dos demais candidatos.

Essa prova é composta de questões objetivas relacionadas a conhecimentos gerais sobre o programa de residência e conhecimentos específicos à área de atuação.

Prova dissertativa

A prova dissertativa costuma se apresentar como a segunda etapa do processo seletivo para entrar em um programa de Residência em Atenção Cardiovascular.

Na maioria das vezes, tem caráter classificatório e apresenta uma situação problema ou um estudo de caso vinculado à área profissional do candidato.

Prova de títulos

A prova ou avaliação de títulos também está muito presente nos processos. Geralmente, é a última etapa das seleções de novos residentes.

Neste momento sãoa valiados histórico acadêmico, atividades extracurriculares, realização de pesquisas, publicações de artigos, entre outros itens que também costumam ser descritos no edital.

Cada atividade realizada corresponde à uma pontuação específica e a soma dos pontos de seu currículo será considerada na classificação final do processo seletivo.

Entrevista

A entrevista também é uma etapa possível no processo seletivo. Geralmente, ela ocorre no mesmo dia que a prova de títulos.

Nesse momento, o responsável pelo programa de residência da instituição fará perguntas gerais sobre comportamento, histórico profissional e vida do candidato, assim como testará questões mais específicas, diretamente relacionadas à área de atuação, como em uma prova oral.

Todas essas etapas e suas formas de avaliação e aplicação podem variar de acordo com cada instituição de ensino. Por isso, um dos primeiros passos da preparação para a Residência em Atenção Cardiovascular é estudar profundamente o edital da instituição em que pretende se inscrever e entender bem quais são as etapas e as competências cobradas.

O cronograma completo do processo, incluindo data das provas, do resultado final e do início do Programa (geralmente é início de Março), são divulgados no edital de abertura da Residência. No mesmo documento há informações sobre taxa de inscrição, quadro detalhado das vagas ofertadas, conteúdos cobrados nas avaliações, dentre outros.

4. Onde fazer Residência em Vigilância Sanitária

Agora que você já conhece um pouco mais sobre a Residência em Vigilância Sanitária, é importante que saiba onde pode se formar especialista na área. Confira abaixo algumas opções:

5. O que é esperado do especialista em Vigilância Sanitária?

A Vigilância Sanitária é uma área importante para a convivência em sociedade e, por isso, são exigidas competências específicas do especialista nessa área. Confira algumas:

  • Capacidade de detectar riscos e tomar medidas que eliminem, previnam ou minimizem esses riscos;
  • Planejar as ações de forma a organizar a atuação sobre os problemas sanitários e as práticas de avaliação;
  • Organizar recursos, articular órgãos internos e/ou setores externos para a operacionalização
  • das ações e tomada de providências;
  • Reconhecer sua área geográfica de abrangência, através do mapeamento dos problemas locais e prioridades com base em fontes de informação, questionários locais, denúncias, censo de estabelecimentos ou de espaços ou fenômenos que representem risco à saúde e à vida;
  • Elaborar de normas que regulamentem o funcionamento dos estabelecimentos que desenvolvem processos produtivos e oferecem serviços à população, dentro de seu campo de abrangência

6. Como se preparar para a Residência em Vigilância Sanitária

O primeiro passo para a preparação é ter certeza de que área você quer seguir. Para isso, pesquise bem suas possibilidades e encontre o caminho que mais se encaixa com o seu perfil e com suas necessidades.

Leia conteúdos sobre, converse com colegas da área e pense bem em como e onde você se vê trabalhando nos próximos anos. Temos algumas matérias que podem te ajudar nessa escolha:

Depois que você tiver certeza do caminho que quer seguir, é preciso estudar bastante sobre a instituição e o programa de residência em que você irá se inscrever e elaborar um planejamento bem consistente de estudos.

Muita coisa? Calma, nós também podemos te ajudar nessa! Confira alguns conteúdos especiais para essa parte da preparação:

Em seguida, você precisará escolher um material completo, assertivo e bem direcionado para seu objetivo!

Ter uma fonte de estudos de qualidade te dará a segurança necessária para você otimizar seu tempo e ser mais produtivo, além de fornecer o conteúdo e as ferramentas ideais que te guiarão para a aprovação.

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