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Neonatologia: Residência, áreas de atuação, remuneração e mais!

Neonatologia: Residência, áreas de atuação, remuneração e mais!

Vir ao mundo é um ato que está cercado de coragem: da mulher, que enfrenta um processo desafiador; do bebê, que precisa sair do ambiente confortável e seguro que o desenvolveu; da equipe de saúde, que diariamente dá as condições para que mãe e recém-nascido passem por esse momento com segurança.

Essa assistência exige conhecimentos específicos, que vão além da competência técnica e são desenvolvidos no programa de Residência Multiprofissional em Neonatologia.

A especialização caracterizada pelo aprendizado em serviço permite aos profissionais de saúde desenvolver as habilidades necessárias com a supervisão de docentes-preceptores na lida diária com pacientes e usuários da rede pública de saúde.

A Residência em Neonatologia tem duração de dois anos, carga horária semanal de 60 horas de trabalho e abre anualmente vagas para profissionais de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional. Todos recebem bolsa-auxílio mensal de R$ 3.330,43.

Navegue pelo índice abaixo para saber mais detalhes da Residência em Neonatologia.

1. Breve histórico sobre Atenção em Neonatologia;
2. Como funciona a Residência em Neonatologia;
3. Processo seletivo da Residência;
4. Onde fazer Residência em Neonatologia;
5. O que é esperado do especialista em Neonatologia?;
6. Como se preparar para a Residência em Neonatologia.


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1. Breve histórico sobre Atenção em Neonatologia

Os elevados índices de mortalidade neonatal levaram à elaboração de uma política específica para atender gestantes e recém-nascidos, hoje estruturado na Rede Cegonha.

Para se ter uma ideia, a mortalidade entre bebês que tinham de 0 a 27 dias de vida era responsável por quase 70% das mortes no primeiro ano de vida, e por 60% a 70% da mortalidade infantil. Os dados são do Ministério da Saúde.

Nesse contexto, o Brasil firmou compromissos para melhorar a qualidade da assistência oferecida às mamães e aos bebês. Em 2004, foi firmado o “Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal”, no âmbito da Presidência da República, para articular os atores sociais mobilizados em torno da melhoria da qualidade de vida de mulheres e crianças.

Alguns anos depois, a redução da mortalidade neonatal foi assumida como uma das metas para diminuição das desigualdades regionais no país em 2009.

Como compromisso externo, o Brasil assumiu as metas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, que incluem a redução em dois terços da mortalidade de crianças menores de 5 anos de idade até 2015.

Foram implementadas ações para diminuição da pobreza, ampliação da cobertura de Estratégia Saúde da Família e das taxas de aleitamento materno exclusivo. Nesse primeiro momento, o número de óbitos caiu de 47,1 a cada mil nascidos vivos em 1990 para 15,6 em 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mas a maior estratégia, de fato, foi a Rede Cegonha, lançada em 2011, que integrou o atendimento neonatal e qualificou as Redes de Atenção Materno-Infantil. As mudanças envolvem o modelo de cuidado com a gravidez, com o parto/nascimento da criança e a atenção integral à saúde do recém-nascido. O foco são os dois primeiros anos de vida, em especial o período neonatal.

Entre os objetivos da Rede Cegonha estão:

  • Garantir a todos os recém-nascidos boas práticas de atenção, embasadas em evidências científicas e nos princípios de humanização;
  • Contato pele a pele com a mãe logo após o parto; estímulo ao aleitamento materno ainda na primeira meia hora de vida;
  • Garantir do “minuto de ouro”, que significa a respiração do recém-nascido no primeiro minuto de vida;
  • Permitir acesso livre da mãe e do pai do recém-nascido, e a permanência deles ao seu lado, durante o tempo de internação em todas as unidades neonatais brasileiras e independentemente do centro de internação – seja UTI Neonatal, UCI convencional ou UCI Canguru -;
  • Realizar testes de triagem neonatal, como os testes do pezinho, do olhinho e da orelhinha.

2. Como funciona a Residência em Neonatologia

A Residência em Neonatologia é o caminho adotado por profissionais da Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional para atuar no cuidado ao recém-nascido. O programa tem duração de dois anos, em regime de dedicação exclusiva.

Essa modalidade de especialização é caracterizada pelo aprendizado em serviço, ou seja, o residente passa 80% do curso na assistência ao usuário da rede pública de saúde. Os demais 20% são conteúdos teórico-práticos, como seminários e aulas expositivas. Ao todo, a carga horária do curso é 5.760 horas, sendo 60 horas semanais.

Para esse regime de aprendizado-trabalho, todos os residentes recebem bolsa-auxílio de R$ 3.330,43.

3. Processo seletivo da Residência

As vagas para Residência em Neonatologia são abertas anualmente. Cada instituição é responsável pela elaboração e divulgação dos seus processos seletivos, que podem sofrer variações de acordo com o estabelecido em cada edital. Mas, de modo geral, o processo de seleção costuma ser composto por pelo menos uma das etapas a seguir:

Prova objetiva

A prova objetiva está presente na grande maioria dos editais de Residência em Atenção Cardiovascular.

Costuma ser a primeira etapa do processo seletivo e possui caráter eliminatório e classificatório. Ou seja, se fizer pontuação menor àquela indicada no edital, o candidato é eliminado; e a pontuação feita na prova indicará a posição diante dos demais candidatos.

Essa prova é composta de questões objetivas relacionadas a conhecimentos gerais sobre o programa de residência e conhecimentos específicos à área de atuação.

Prova dissertativa

A prova dissertativa costuma se apresentar como a segunda etapa do processo seletivo para entrar em um programa de Residência em Atenção Cardiovascular.

Na maioria das vezes, tem caráter classificatório e apresenta uma situação problema ou um estudo de caso vinculado à área profissional do candidato.

Prova de títulos

A prova ou avaliação de títulos também está muito presente nos processos. Geralmente, é a última etapa das seleções de novos residentes.

Neste momento são avaliados histórico acadêmico, atividades extracurriculares, realização de pesquisas, publicações de artigos, entre outros itens que também costumam ser descritos no edital.

Cada atividade realizada corresponde à uma pontuação específica e a soma dos pontos de seu currículo será considerada na classificação final do processo seletivo.

Entrevista

A entrevista também é uma etapa possível no processo seletivo. Geralmente, ela ocorre no mesmo dia que a prova de títulos.

Nesse momento, o responsável pelo programa de residência da instituição fará perguntas gerais sobre comportamento, histórico profissional e vida do candidato, assim como testará questões mais específicas, diretamente relacionadas à área de atuação, como em uma prova oral.

Todas essas etapas e suas formas de avaliação e aplicação podem variar de acordo com cada instituição de ensino. Por isso, um dos primeiros passos da preparação para a Residência em Atenção Cardiovascular é estudar profundamente o edital da instituição em que pretende se inscrever e entender bem quais são as etapas e as competências cobradas.

O cronograma completo do processo, incluindo data das provas, do resultado final e do início do Programa (geralmente é início de Março), são divulgados no edital de abertura da Residência. No mesmo documento há informações sobre taxa de inscrição, quadro detalhado das vagas ofertadas, conteúdos cobrados nas avaliações, dentre outros.

4. Onde fazer Residência em Neonatologia

Agora que você já conhece um pouco mais sobre a Residência em Neonatologia, é importante que saiba onde pode se formar especialista na área. Confira abaixo algumas opções:

5. O que é esperado do especialista em Neonatologia?

O cuidado com gestantes e bebês recém-nascidos exigem, além de conhecimentos técnicos, atendimento humanizado.

É preciso que o especialista em Neonatologia tenha capacidade de se colocar no lugar do outro para entender suas demandas e, assim, ser capaz de oferecer acolhimento necessário ao momento vivido pelos usuários da rede de saúde.

Pode ser que aquela seja a primeira gravidez da mulher, como pode ser que seja mais uma e que a deixe desesperada por ter de passar por aquilo mais uma vez. Diante disso, além de avaliação de risco e vigilância à saúde habituais à rotina do atendimento, algumas outras iniciativas são esperadas. São elas:

  • Acolhimento e resposta de forma qualificada;
  • Promoção de vínculo entre o profissional e o usuário do sistema de saúde, estreitando as relações de confiança e de corresponsabilidade, incentivando o autocuidado e o reconhecimento de risco;
  • Atendimento humanizado e seguro às mulheres, aos recém-nascidos, aos acompanhantes, aos familiares e aos visitantes;
  • Competência para se comunicar com eficiência, mais facilmente com uso da técnica do aconselhamento – por meio de diálogo e da empatia, ajuda na tomada de decisões após ouvir, entender e discutir os prós e contras das opções com a gestante ou seus familiares;
  • Prática da comunicação não verbal, por meio de gestos e expressões faciais: sorrir, como sinal de acolhimento; balançar a cabeça afirmativamente, como sinal de interesse; tocar na mulher ou no bebê, quando apropriado, como sinal de empatia;
  • Uso de linguagem simples, acessível a quem está ouvindo;
  • Capacidade de mostrar à mulher que seus sentimentos são compreendidos, colocando-a no centro da situação e da atenção;
  • Cuidado em reconhecer e elogiar as situações em que a mãe e o bebê estão indo bem, para aumentar a confiança da mãe, encorajá-la a manter práticas saudáveis e facilitar aceitação a sugestões.

6. Como se preparar para a Residência em Neonatologia

O primeiro passo para a preparação é ter certeza de que área você quer seguir. Para isso, pesquise bem suas possibilidades e encontre o caminho que mais se encaixa com o seu perfil e com suas necessidades.

Leia conteúdos sobre, converse com colegas da área e pense bem em como e onde você se vê trabalhando nos próximos anos. Temos algumas matérias que podem te ajudar nessa escolha:

Depois que você tiver certeza do caminho que quer seguir, é preciso estudar bastante sobre a instituição e o programa de residência em que você irá se inscrever e elaborar um planejamento bem consistente de estudos.

Muita coisa? Calma, nós também podemos te ajudar nessa! Confira alguns conteúdos especiais para essa parte da preparação:

Em seguida, você precisará escolher um material completo, assertivo e bem direcionado para seu objetivo!

Ter uma fonte de estudos de qualidade te dará a segurança necessária para você otimizar seu tempo e ser mais produtivo, além de fornecer o conteúdo e as ferramentas ideais que te guiarão para a aprovação.

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